Dindinha me olhava, seios à mostra, um sorriso escondido, os cabelos longos. Desconfiei. Era barato, arrisquei. Nunca tinha ouvido falar, mas vi nomes conhecidos: o produtor Zeca Baleiro, Josias Sobrinho, Chico César, Zé Ramalho, Luiz Gonzaga e outros. Levei Dindinha pra casa. Ela, que estava em boa companhia, carecia ser levada para a perdição.
Abri Dindinha, que já havia se juntado a uma pilha de discos que, graças a Deus, não parava de crescer (outras boas companhias). Gostei muito de tudo: do já citado time de ótimos compositores, dos instrumentistas – mais conhecidos, ao ler o encarte – e, sobretudo, da belíssima voz que mandava os versos de Baleiro: “‘divinha, o que primeiro/ vem amor ou vem dindim/ dindinha, dê dinheiro/ carinho e calor pra mim”. Paixão à primeira vista, à primeira audição.
Confesso que até hoje não entendi o porquê daquela loja de discos da Rua de Santana, que já nem existe mais, ter me vendido tão barato a estréia de Ceumar – assim foi também minha primeira experiência com Renato Braz: Ceumar de calças?, nossa estranha mania de eterna comparação. Ceumar, entre o céu e o mar de seu nome de batismo, uma infinitude de lindíssimo(s) canto(s).
Fato é que, de lá para cá, tenho acompanhado com bastante entusiasmo todas as invenções da moça: seus discos lançados – anotem aí: além de Dindinha (2000), Sempreviva! (2003) e Achou! (com Dante Ozzetti, 2006) –, não-lançados (orgulhosamente tenho alguns demos e gravações caseiras da mineira de Itanhandu), participações especiais em discos alheios (agora mesmo estamos trabalhando para que ela participe da estréia em disco de um grandessíssimo músicompositor maranhense, conto depois) e shows sempre que ela vem à São Luís – o último, já nem lembro há quanto tempo, com o paraense Nilson Chaves, no Circo Cultural da Cidade.
Amanhã (14), a partir das 22h, Ceumar apresenta show solo (voz e violão) no Espaço Armazém (Rua da Estrela, Praia Grande), com participação especial de Josias Sobrinho, que fará o show de abertura e cantará com ela As “perigosa”, composição do maranhense incorporada ao sempre ótimo repertório da mineira. Os ingressos custam R$ 30,00 e podem ser adquiridos no local. A produção é de Mário Jorge. São só 280 lugares, portanto, apressem-se!:
rapá,>cadê os comentários pós show?>tô curioso.>valeu sábado no c do ch?>abs,>ricarte
puxa, não pude ir, serias restrições monetárias… mas fiquei triste por não ter ido.>>a propósito, como faço p ter acesso a produções não gravadas pela Ceumar mas q tu tens? hein hein?
ricartão: ‘tou devendo comentários pós-show. faço em breve. é que ainda estou sem internet em casa.>>elen: algumas produções posso compartilhar; outras, não, risos. abração!