Segundo disco de Zé Modesto é pura beleza: belas melodias e letras em belas vozes. Um trabalho que não carece de explicação, mas de audição. Constante.
[Capa. Reprodução. E por aqui você não faz ideia do quão belo é o projeto gráfico de Xiló]
Xiló (2007, independente, R$ 26,81 no site http://www.mubi.com.br), de Zé Modesto, é daqueles discos que você nem precisa ouvir para saber que é bom. Ouvindo, descobre que é ótimo. Pudera: o compositor já despontava como um grande nome desde sua estreia, Esteio (2004), onde, “fórmula” repetida neste segundo trabalho, reunia nomes promissores e consagrados para emoldurar às suas cantigas.
O nome deste colunista consta na “eterna gratidão aos amigos de Xiló”, agradecimento às “queridas pessoas físicas de bom coração” que Zé Modesto faz aos que compraram, antecipadamente – e sem ter sequer ouvido um segundo do que viria a ser – o disco. Confiamos que a qualidade seria mantida nele e não nos arrependemos.
Ana Leite – irmã do compositor, de quem aguardamos ansiosamente a estreia em disco solo –, Ceumar, Dalci, Mateus Sartori, Marcelo Pretto, o grupo Nhambuzim (sobre cujo Rosário (2008) escreveremos em breve neste espaço), Renato Braz, Rubi e Zé Vicente são as vozes nada modestas e competentíssimas que enfeitam as canções de Zé – por si só já belíssimas – em Xiló.
Ainda lembro-me de quando abri a encomenda, quando me chegaram alguns exemplares do disco, com que presenteei uns amigos: as quase lágrimas de tanta beleza ali contida, antes mesmo de, bastante curioso, despejar o disco no cd-player e ouvir temas belíssimos como Antífona (na voz de Ceumar), Meio mistério (uma Ave Maria – a oração – musicada e cantada, longe de óbvia, interpretada pelo Nhambuzim), Sobrevidas (tornada ainda mais bela pela voz de Rubi, que canta versos como “é a preferencial das ancas/ colisão de umbigos/ na estrada invertida/ é o pulso armado e amado/ virtude e pecado/ dessa nossa vida”) e, entre outras, o belíssimo tema instrumental Para o Ernesto, dedicada ao sacerdote católico Ernesto Cardenal, poeta nicaraguense, dos nomes mais destacados da teologia da libertação.
Xiló, na explicação do encarte, é “leitura abrasileirada de “xilo”, que em grego quer dizer madeira. (…) em latim quer dizer matéria: substância que ocupa espaço e sensibiliza os sentidos. Matéria vem de “mater” que significa mãe, que não precisa explicar”. Como a própria arte de Zé Modesto.
[Tribuna Cultural, Tribuna do Nordeste, ontem, 8 de fevereiro de 2009]
Zema,
adorei o blog, mas não tem como vc clocar a letra da música Antífona.
Essa música é muito linda!!!
Se vc tiver e nõ quiser posta…
me passa por favor!!
Abraços,
Eli
Desculpas,
é que enviei um comentário com erros.
Eu adorei o seu blog!!
Mas seria legal se vc postasse a letra da música antífona.
Se não quiser postá-lo, me passa a letra caso tenha!!
Abraços,
Eli
ninhodeninha@gmail.com
eliane, vou mandar a letra para seu e-mail. aguarde. abraços!
Oi Zema
Adorei o CD Xiló e sua iniciativa de divulgar estes maravilhosos artistas de nossa terra.
Estou procurando a letra da música Antífona, vc pode por favor me mandar por e-mail ou postar aqui ?!
Com fraternura
Elena
eleninha@uol.com.br
elena, a pedido de outra leitora, de nome parecido com o seu, postei a letra de antífona em meu blogue e você pode acessá-la no link http://zemaribeiro.blogspot.com/2009/05/antifona.html
abraço grande e obrigado pela leitura!