[Carlinhos Veloz com o Regional Tira-Teima e a participação especial de Luiz Cláudio durante a apresentação de sábado (7). Foto: Ivo Segura]
Quando o assunto é Clube do Choro Recebe, sou sempre suspeito ao falar. Não é para menos: sou assessor de imprensa do projeto, que chega, sábado (14), à sua 70ª. edição. Mas há coisas que não dá para negar: que sarau lindo nos proporcionaram Carlinhos Veloz e o Regional Tira-Teima, sábado passado (7). O público foi dos mais educados que já vi – e olhe que raramente falto ao “serviço”.
Carlinhos Veloz preparou um repertório especial para a ocasião e passeou por sambas, sem deixar de cantar coisas de seu repertório. Extremamente afinado e entrosado com o grupo, fez um dos mais agradáveis shows já acontecidos no palco do Restaurante Chico Canhoto. Sair de lá foi difícil: aplausos frenéticos e gritos de “mais um” pareciam insaciáveis.
É dos vários saraus que nos fazem pensar: pena não estar sendo registrado. Alô, patrocinadores em potencial: alguém aí quer expor sua marca ali em troca de garantir esses registros impagáveis? Farão um bem danado à memória musicultural maranhense, não tenham dúvidas.
Entre as canjas, a habitual simpatia esbanjada por Lena Machado e a estreia, ali, de Gildomar Marinho, cuja Alegoria da saudade Ricarte Almeida Santos tocou em primeiríssima mão no Chorinhos e Chorões de domingo.
Neste sábado (14), o Clube do Choro Recebe terá sua última edição antes do carnaval: o cantor e compositor maranhense Chico Nô lança seu disco de estreia, Samba com mandinga, gravado no Rio de Janeiro e já lançado lá e em Brasília. O músico será acompanhado pelos bambas do Um a Zero: Henrique Jr. (violão), João Neto (flauta), Leozinho (pandeiro) e Roquinho (cavaquinho). Nos sábados seguintes – 21 e 28 – o projeto entra em recesso carnavalesco, voltando dia 7 de março, com outro lançamento: Zequinha do Sax, num repertório de boleros e canções.
[Choro e Samba com mandinga não faltarão ao repertório de Chico Nô no pré-recesso do Clube do Choro]