O blogue dedica este post a Bruno Azevêdo (brega é tu!) e Ricarte Almeida Santos, que outro dia, em meio ao expediente, cantou o trecho da música que vocês lerão na prosa abaixo.
TUDO É RAIMUNDO
Ventania, agitador cultural, botou um bar. No dia sete de setembro, depois do desfile dos colégios, Roberto Baresi sentou-se e pediu uma cerveja. Outros estudantes, vendo que a cerveja estava véu de noiva, super-gelada, imediatamente lotaram o ambiente. Eram vários pedidos ao mesmo tempo:
“Ventania, traz uma cerveja… Ventania, um refrigerante… Ventania, uma água mineral…”
Neste intervalo, alguém gritava…
“Ventania, bota Raimundo Fagner.”
A correria continuava e os estudantes pedindo cervejas, refrigerantes, água mineral e o rapaz cada vez mais alto gritava:
“Ventania, bota Raimundo Fagner.”
Depois de muita insistência do rapaz, Ventania entra no bar e grita:
“Lá vai a música.”
De repente se ouve uma introdução com ritmo brega e uma voz rouca brada nas caixas de som:
“Minha Santa Inês, minha terra querida…”
Raivoso, o rapaz rebate:
“Porra, Ventania, esse aí não é o Raimundo Fagner não, é o Raimundo Soldado!”
E cansado, Ventania finaliza:
“Tudo é Raimundo… e esse aqui é melhor ainda porque ele é soldado e além de tudo é maranhense.”
&
Zé Lopes, Bacabal – Cenas de um capítulo passado. São Luís: Edições Secma, 2009
hahahaha!
adorei, muito bom!
Abração,
Élida
esse livro do zé lopes tem muitos causos engraçadíssimos. vale a pena! abração!
Muito bom, adorei, onde a gente pode encontrar esse livro do zé de lopes????
Abraços
Ddnize
denize, acho que na poeme-se tem. se não, escreva pra zé lopes: zelopesfilho@bol.com.br. abração!