
A mato-grossense Vanessa da Mata despontou no cenário musical brasileiro em 1999, quando Maria Bethânia batizou o disco que lançou aquele ano com o título da parceria daquela com Chico César, A força que nunca seca. A cantora e compositora estrearia em disco em 2002 e com sete discos lançados estreia na literatura, com A filha das flores [Companhia das Letras, 2013, 278 p., leia trecho].
Adalgiza – ou simplesmente Giza, como economizam parentes e amigos – é a personagem-título. Ela mora numa cidade do interior do Brasil, cortada por uma BR que leva a qualquer lugar. Romance de formação, o enredo acompanha a transformação de sua protagonista, de inocente menina, cuja diversão é caçar formigas e a obrigação é ajudar as tias com o trabalho no jardim-floricultura, em mulher consciente de seus desejos e do que precisará enfrentar para realizá-los. A filha das flores é uma história de amor.
Talvez influência de seu ofício na música, a narrativa de Vanessa da Mata é carregada de força poética. Uma pitada de humor é garantida quando Giza descobre a Vila Morena, reduto de bêbados e prostitutas, um bairro desprezado pela cidade, depois da “peste” que dizimou boa parte da população da região. É lá que Giza se faz mulher e adentra uma trama de desencontros, dúvidas, teimosias, traições e reencontros com o passado e o futuro.
Já ouvi diversos comentários desta obra de Vanessa da Mata.Como excelente cantora que és, não me admiro da qualidade da obra.Estou louca para adquirir este livro.Deve ser muito bom.
pode acreditar que sim, gladys. abraço!