
Faleceu ontem (10), vítima de um câncer no estômago, o compositor Marco Cruz. Soube ao ligar o rádio para ouvir o Santo de Casa, na Universidade FM (106,9MHz). Não entendi direito – ou não quis acreditar – e liguei para a produção perguntando.
Tocaram duas músicas suas, em sequência: Bangladesh, em que ele divide os vocais com Mano Borges na faixa-título do disco que este lançou há aproximadamente 20 anos – justamente a primeira vez que ouvi sua bela voz e falar em Marco Cruz – e a toada Moderna Mocidade, do Boi da Mocidade de Rosário, grupo para o qual forneceu outras crias para o repertório.
As últimas menções ao nome de Marco Cruz em minha memória estão ligadas aos shows de gravação – de que integrei a equipe de assessoria de comunicação – e lançamento do disco ao vivo Milhões de uns, estreia de Joãozinho Ribeiro no mercado fonográfico. Este resgatou do cofo de parcerias Cidade minha, que interpretou junto com o Coral São João, e Tá chegando a hora, marchinha carnavalesca que encerra o disco fruto dos shows, em que, com todos os convidados, Joãozinho canta: “tá chegando a hora/ de anunciar a despedida”.
Há algum tempo não surgiam notícias que relacionassem o recém-falecido compositor, também técnico em informática, à música. No entanto, o também parceiro Zé Lopes anunciou que Marco Cruz deixa inacabado um disco em que estava gravando Salmos que havia musicado.
Lamentável, Zema. Conhecia Marco há anos, desde os tempos em que eu era estudante da UFMA. Ouvi-o cantar, nas rodas de amigos, desde lá atrás. Um grande artista e gente boa. Mais um dos bons que se vai…
rita: infelizmente não tive a mesma sorte. não conheci marco pessoalmente. lembro que, comecinho da adolescência, chapei com a voz dele em bangladesh, faixa que abria e batizava um bom disco de mano borges. depois voltaria a ouvi-lo na toada que cito aí no texto. voz linda e, pelo que dizes e acredito, pessoa idem. ontem encontrei joãozinho ribeiro: eles têm cerca de 30 parcerias. duas estão no “milhões de uns”. abração!