
A partir das 19h. Recital com os poetas Celso Borges e Moisés Nobre (e outros que certamente chegarão sem ser anunciados).
Há quem pague caro e use tênis com o nome da coca-cola. Outros pagam centenas de reais em camisas oficiais do Flamengo, Barcelona ou Seleção Brasileira, para fazer propagandas de marcas de produtos de toda a sorte. Cada um/a, cada um/a, tou fora!
Em Eu, etiqueta, poema de Carlos Drummond de Andrade que li em alguma gramática do ensino fundamental, o poeta mineiro já se queixava do excesso de logomarcas a que estávamos submetidos. E era apenas o século XX.
Com um comercial exibido na tevê aberta, O Boticário causou a ira de homofóbicos e reacionários em geral. Os que defendem a cura gay e a família tradicional (seja lá o que isso for), que ainda falam em homossexualismo em vez de homossexualidade, mesmo a OMS já tendo, há tempos, retirado o primeiro de sua lista de doenças mentais.
O Boticário mostra algo real e os habitantes da babacolândia falam que “não têm preconceito”, “que têm amigos gays” e toda sorte de baboseiras típicas da intolerância. O pastor Silas Malafaia convocou boicote à empresa de cosméticos, à guisa de “pertencer a uma maioria” e de “preservar macho e fêmea”. Segundo o zoófilo, ops, evangélico, a campanha “é uma tentativa de querer ensinar crianças e jovens o homossexualismo” (sic), conforme notícia do Portal Terra.
As casas legislativas brasileiras estão dominadas por hordas de fundamentalistas. Nunca os vi criticar, por exemplo, a publicidade voltada ao público infantil, como forma de preservar nossas crianças. Certamente o lobby de seus financiadores de campanha pesa mais na hora de decidir a que pauta se apegar.
Em vez de se juntar a quem prega o ódio, este blogue lança a campanha que intitula este post: boicotem quem boicota O Boticário!
É fácil pregar o ódio em nome de Jesus. Difícil é amar o próximo, como o mesmo Cristo ensinou. Ainda mais se esse próximo não for tão próximo assim. Se for diferente então, o próximo está condenado.
Não escrevo para fazer propaganda do Boticário, afinal de contas, não sou pago para isso e, em grande medida, o dia dos namorados é mais uma data caça-níquel no calendário do consumo. Aos preconceituosos de plantão, recomendo outros poetas: “qualquer maneira de amor vale a pena”, “ame, seja como for”, desde que o amor esteja cheirosinho, usando Boticário ou outra marca qualquer – vale até o bom e velho sabão de andiroba, comprado a quilo na quitanda mais próxima. Como diria Márcio Greick, “o mais importante é o verdadeiro amor”.
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Abre o post a antológica, sempre rodando em um k7 imaginário, best of particular, Largo do boticário, linda canção sobre linda paisagem carioca, de Milton Carlos, saudoso irmão de Isolda, ambos fornecedores de pérolas para o repertório de Roberto Carlos.
Gravei ontem minha declaração de apoio à candidatura de Haroldo Sabóia (PSol) à prefeitura de São Luís:
Outros depoimentos (Joãozinho Ribeiro, Lena Machado, Luis Antonio Câmara Pedrosa, Ricarte Almeida Santos, Wagner Cabral etc.) podem ser assistidos na página da coligação São Luís, o caminho é pela esquerda no Youtube.
*O título do post é lembrança de um jingle do passado, que permaneceu inédito.
… nas páginas do Vias de Fato.
Amanhã (13) este blogueiro tem a honrosa e difícil missão de substituir Ricarte Almeida Santos no Chorinhos e Chorões (Rádio Universidade FM, 106,9MHz). O programa vai ao ar às 9h. O titular do programa está viajando a trabalho.
Este aí do título o mote inventado para conceber o script, que acabo de redigir. A ideia: mostrar a influência do choro na criação de alguns artistas nordestinos, não necessariamente tidos como “chorões” por nós, muitas vezes.
No cardápio sonoro da seleção musical que preparei: Novos Baianos, Tom Zé, Zé Ramalho, Fagner, Josias Sobrinho, Chico Saldanha e Chico Maranhão, isto é, um passeio por um pedaço do Nordeste: Bahia, Paraíba, Ceará e Maranhão. É claro que há(via) muito mais a mostrar/tocar, mas em uma hora…
Que os poucos-mas-fieis leitores nos ouçam! Agradecemos a audiência, a preferência, a paciência… Que os muitos-e-fieis ouvintes de Ricarte idem. Deixe aí um comentário e ouça seu nome no Alô, Chorão!
o jornal Vias de Fato completou dois anos. Para marcar a passagem realiza dia 9 (quarta que vem) o interessantíssimo e imperdível debate abaixo:
Meu talentosíssimo amigo-irmão Bruno Galvão, mais conhecido nas rodas de samba como Bruno Nagô, iniciou uma série de camisas pintadas à mão: caricaturas de grandes artistas e personalidades outras. Se uma imagem vale mais que mil palavras, saquem o talento do moço:
As camisas não são feitas em série: o artista pinta uma a uma, o que as torna peças únicas. Não sei ainda o preço, mas deve ficar em torno de R$ 35,00. Encomendas no bruno.nago@yahoo.com.br. Eu, que tenho na sala de casa um Cartola pintado por ele (depois pendurarei acá uma foto da reprodução da capa de Verde que te quero rosa) e em breve andarei com este Cartola aí no peito (como padrinho da iniciativa a primeira tinha que ser minha, né?), já encomendei-lhe um Leminski.
Em breve Bruno Galvão montará um blogue para expor sua produção, que não se restringe a camisas e telas. Ele também desenha, grafita e aceita convites para trampos na área, oficinas e quetais. Tão esperando o quê pra escrever pro hombre?